quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dois pesos, duas medidas__a mesma idéia?!

Consolidar um ideal de vida hoje parece mais fácil. Estudar, namorar, ficar bem financeiramente dantes os trinta anos para então depois ter filhos está se tornando rotineiro.
Essa liberdade que a geração atual tem e que as anteriores não tiveram pode ser melhor aproveitada se houver método e disciplina. Qualquer atitude em excesso é prejudicial.
Torrar dinheiro sem fazer divisas fará farrapos também física e mental. Só estudar sem fazer mais nada nos provará que somos iguais às máquinas: perfeitos?! Incansáveis?!
Boemia e bebedeiras devem ser a coroação de um projeto realizado e não filosofia de vida. Só podemos gastar o que temos: saúde, dinheiro? Às vezes nem isso, porque sem saúde de que vale o resto?!
Sempre foi dos jovens o comportamento de extrapolar padrões. Ir além dos limites. O problema é quando voltamos a nós mesmos e nos damos conta das loucuras, pensamos que poderia ter sido diferente. Aliás, as loucuras quando bem dosadas podem produzir indivíduos inteligentes no futuro. E aqui há que se diga que não macule a consciência com maldades.
Ir além parece meio absurdo, mas esse modo de ver as coisas tem uma força proporcional em querer aquietar-se.
Indivíduos irrequietos quando mais novos podem se tornar melhor ajustados que se forem sufocados pela falta de liberdade.
Os jovens em meio ao seu turbilhão de hormônios, sentimentos e pensamentos não podem mostrar senão o que passa dentro. Porém, violências, drogas são não nada mais que o convite:__Volte ao normal! Aqui você não terá futuro!
Há o pensamento destrutivo também. E a auto-destruição pelas drogas, motivada pelo ego em nome da valentia e da anulação, já que não podendo fazer sucesso, só lhe resta para escapar o processo contrário?! Competição fútil com o mundo e consigo mesmo. A vida moderna às vezes passa essa idéia: a de estar se consumindo e acabando.

Marcone Reis

domingo, 16 de outubro de 2011

Hardwares potentes?!

A tendência hoje é uniformizar para o mais alto. Porém de que adianta uma máquina poderosa para quem só navega ou escreve?!
Sou a favor de uma segmentação cada vez maior tanto de banda de conexão quanto de potência de hardware. Isso é para atender aos diversos perfis de consumidores, reduzir o consumo de energia e impactar menos o meio-ambiente.
Ociosidade é uma desrazão. A médio e longo prazo vejo uma reversão nessa tendência de ostentar mas não usar.
Bilhões a disposição do nada?! Além disso, os recursos naturais são esgotáveis. Um dia acabarão ou teremos de escavar crateras cada vez mais profundas a procura de minérios, já que é impossível trazê-los de outros planetas. Outro rumo seria estudar hardwares menos pesados. Com o avanço da nanotecnologia no líquido e no plasma talvez haja a possibilidade inexorável nessa direção. Torçamos.

Marcone Reis

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Confiança?!

É o que rege o mercado financeiro.
Papéis podres. Dívidas insolvíveis são apenas a supervalorização de confiança. Esta deve estar aos pés da realidade. Porém a abstração como caráter humano de construção de idéias tange essa ou aquela circunstância como de grande ou menor valor. E nisso cabe muito bem a História particular de cada País e seu histórico de Nação.
O valor deve proceder da necessidade e não como forma de especulação. Essa última já fez despencar para o vazio muitos que não tinham como espelhos garantias reais para suas dívidas.
Há um limite para o valor e equivale exatamente dizer que quanto maior o lance mais são aqueles que menos acreditam no retorno de sua substância.

Marcone Reis

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Parâmetro universal

Todas as religiões, filosofias e crenças fazem o mesmo convite: __vença a si mesmo! “O único adversário digno de uma luta verdadeira” é o próprio ego. De nada adianta palácios suntuosos. Nem que erguesse outras pirâmides pois elas ficariam mas eu não. Não posso deixar maior herança que meu exemplo. Não há maior obra que o ser. Enquanto a maioria se preocupa em estar. Ora aqui, ora ali. Vagando sem raízes. Sem conhecer a si mesmos. Natural. Porém se os outros podem ser bons exemplos, também há os ruins. E não adianta torcer a cara ou fechar os olhos. A consubstância alheia ainda que não se amolde a nossos ideais__e se os temos?! __Pode ser tanto a nosso favor ou contra na exata medida do abstrato.

Algumas técnicas orientais ensinam que se você quer ser tolerante perante as mais adversas circunstâncias deve imaginá-las antes. Tentar sentir toda a “dor”, a “angústia”, o “medo”. Enfim, vivenciar de dentro para fora. Mas não é isso que nós aqui no Ocidente praticamos. Queremos é fugir dos problemas e esquecê-los de uma vez por todas. Passar uma borracha em tudo. Como se nossa vida fosse um produto descartável. Há quem viva assim e consegue porém dominar as mais diversas reações perante os problemas ou ter as atitudes corretas não é fugindo que se consegue. A bagagem pessoal é a única que se leva para qualquer lugar.
Todas as substâncias e isso inclui a alma humana se tornam flexíveis não pela rigidez ou fuga mas por aguentarem as diferenças de temperatura e pressão. E nisto vale dizer que a resignação em aceitar a dor é a nota de maior valia entre as existentes. Não que devamos deixar de procurar o médico ou nos tratar. Mas treinar a paciência e perseverança. De nada adianta destruir, ou se auto-destruir. Esse temperamento fugaz só denota a falta de paciência e aceite que deveríamos ter com as coisas, ainda que alheias.
Se algo não pode ser mudado só nos resta estudar, aceitar. Único critério pelo qual podemos nos amoldar.
Vivamos de dentro para fora ao invés de esperarmos coisas felizes pelo inverso.

Marcone Reis

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Passado, presente e futuro

Embora se queira separar os três, sabe-se que isso não é factível. O presente se torna passado a cada segundo. Somos o que fizemos. Também a espectativa do porvir.
Quando olhamos para as estrelas estamos olhando para um passado muito distante. A terra que pisamos foi fustigada a milhões de anos atrás. Ao tornarmos um mito ou lenda sendo o melhor nisso ou naquilo seremos passado num futuro. E por mais que tentamos correr do que já foi, na verdade o seremos porque tudo vira passado: presente, futuro e até o próprio tempo. Lá adiante aproveitarão as bases de nossas idéias e experiências. Mais a frente, as deles serão aproveitadas.
Quando jovens olhávamos para o espelho e dizíamos__sou o futuro!
Não! Não poderá sê-lo se não for passado. A trajetória da vida se resume nisso: o que eu faço pensando que é futuro só tem lógica se passar pela experimentação. Sendo esta passado a todo instante, os planos de um futuro cada vez mais longínquo vão exatamente de encontro a um passado cada vez mais remoto. Como se já existisse. É que a especulação demasiada criaria um vácuo mental__uma abstração que equivaleria dizer que quanto mais longe mais perto da origem ou do nada, se esse existisse.
Trocaria os termos passado, presente e futuro pelo aqui, agora. Nada mais são do que este momento. E ousaria dizer que o futuro é passado por que se não o for não poderá subsistir.
Pela lei dos ciclos e da latência quanto mais distante for, maior será a redundância em voltar ao ponto de origem numa escala tão forte que o espaço-tempo se deformaria e criaria a pseudo-ilusão de que se estaria a frente quando, na verdade, era atrás no tempo.

Marcone Reis