domingo, 24 de abril de 2016

Passivismo

Aqui no continente americano, em particular, a fé baseia-se num milagre. Jesus Cristo “viveu, padeceu, morreu” por nossos pecados. De forma que não precisamos fazer mais nada. “Ele” fez tudo por nós. No outro viés está o amor perfeito para cada qual, que um dia encontraremos ou seremos encontrados. Ele nos salvará de todas as nossas fraquezas porque é perfeito, nós não! Essa forma de ver as coisas e colocar a felicidade como algo vindo de fora é volúvel demais. Nunca encontraremos a felicidade. E se a encontrarmos, sofreremos deveras pela perda inevitável. Devemos modificar os pensamentos. Coisas de fora só nos levam a infelicidades. Ora é a inveja; a maledicência por querer viver a vida alheia. Ora a própria vida que tenta alimentar aquele espírito competitivo com a compra e exposição de mais coisas. Vivemos a custa de uma realidade falsa e enganosa. Procuramos mostrar aos outros mas pouco vivermos as boas coisas! Devemos nos questionar. Quem somos?! Produtos?! Propagandas?! “Felicidade” enganosa!? Ou nós mesmos a procura do milagre fora porque dentro não fôramos treinados a obtê-lo?! Se a felicidade não for algo interior, de nada adiantará a procura porque um dia vamos perdê-la! Treinar a mente é o primeiro passo para conseguir alegrias duradouras. Afugentar os maus pensamentos com a consciência voltada para o cultivo das boas ideias. Repetir atos de bondade e compaixão e gostar realmente deles. O primeiro passo é a boa educação e o segundo: a paciência e a perseverança. Atitudes assim, externas, produzem efeitos, já que passam pela materialização. Arregaçar as mangas e trabalhar, modificando repetitivamente padrões de comportamento e pensamento, até ganharmos automatismos positivos é o ponto a se seguir. Sem treinamento, nenhum lugar chegaremos. Esperar que venha um milagre até nós sem merecimento algum é o mesmo que plantar na seca esperando que venham chuvas de verão. Marcone Reis

domingo, 10 de abril de 2016

Recessivo/Dominante/Comparativo

Quando uma característica humana diminui, outra se sobressai como forma de adaptação e compensação da perda. Isso se reflete bem nos cinco sentidos humanos. Se não vejo, posso ouvir melhor. Se não ouço nem falo, me resta a destreza na visão. Se tenho uma vida amargurada, posso pensar e refletir muito mais sobre a vida que alguém que vive relaxada e desleixadamente. Se as dores me golpeiam de sopetão, posso treinar minha resiliência ao saber que numa noite tudo parecia acabado, ou eu queria acabar com tudo. Mas daí dormi e vi que de manhã minhas ideias mudaram e percebi a beleza e dádiva da vida?! Se penso demais posso ter um “pênis” cerebral. Ao passo que o atleta por seu corpo esbelto e prática de exercícios físicos se contenta com o movimento e a luz das coisas. Enquanto eu me volto para mim?! Fecho os olhos e escuto a voz interior?! Se tenho problemas, sou forçado a treinar para superá-los, ao passo que quem não os tem sofre muito no primeiro momento que tiver?! Se sou pobre me resta a mim mesmo como garantia do que sou?! Meu caráter?! Minha fé em Deus! Minha riqueza sou eu e não as coisas. Assim, o caráter recessivo( que retrai) e o caráter dominante( que sobressai) são compensatórios na Terra. As debilidades podem ser em sua maioria, inspiração ou reconhecimento para superação de enormes problemas pessoais. Se olho altivo para frente me sinto inferior. Ao passo que se olho quem está na pior me sinto um “deus” no paraíso?! Nesse quesito, o método comparativo é quase sempre, senão sempre, primordial?! Já que ninguém, absolutamente, poderia num curto espaço de tempo humano sobressair se não se comparar e conviver com outras pessoas?! Marcone Reis