terça-feira, 8 de maio de 2012

Estritamente sexual?!

É a vida humana. Diferentemente dos animais que querem é sobreviver ou por instinto propagar a espécie, no ser humano a libido constitui fator preponderante em toda a vida. Não pode conjugar satisfatoriamente qualquer fase da vida se não passar obrigatoriamente pelo crivo do sexo, seja reprimido seja aflorado.
O sexo no ser humano não é a parte; não é sujo. Está na ordem primeira de todas as coisas. Fazer-se íntimo de alguém, depois que só, é um ato de humildade, falta de egoísmo, pois que se entregando no todo ou em parte sentimo-nos unos com a Terra e solidarizados às existências dos outros. Mesmo em idade avançada a ideia de sexo está fixa:__se eu tivesse outra idade?!
A sexualidade não só norteia a vida social selecionando os indivíduos melhor condicionados e lhes dando o tempero da maturidade como também é o ingrediente básico de uma vida a dois, se não mantida como antes, rememorada nas lembranças.
Sem o sexo dos nossos genitores não estaríamos aqui.
O fato de produzir duplicatas não exatamente iguais condicionou à Natureza além do papel de ninho e abrigo__o de Mãe e protetora.
Intrinsecamente hão há questão humana que não passe pelo sexo. A sexualidade esteve no passado; está no presente e perdurará no futuro.
Uma vida psicossexual é normal. Além das relações sociais, os indivíduos ficam aptos a desenvolverem satisfatoriamente outras atividades reais para o próprio progresso. Se o sexo prende por um lado também é o fator condicionante a empurrar os indivíduos a desenvolverem
condições de fazer outras coisas.
Acho que um período definiria tudo:__se a Terra é sexo, poi não havendo outro lugar para reprodução, e se sou parte integrante deste planeta ainda que não o sinta, ele me leva a navegar ao redor de sua estrela brilhante__também sou Terra também sou sexo.

Marcone Reis

terça-feira, 1 de maio de 2012

Quanto menos coisas tiver ou fizer, melhor

Ano passado em setembro resolvi acabar com Site, Blog, Orkut(meus). As amolações que recebi em troca não compensaram as ideias que publiquei. Este ano entrei no Facebook. Pelo menos venho aprendendo que quanto mais você faz mais é alvejado. Rede Social é um jogo. Mas voltando ao tema, bens materiais ou intelectuais quaisquer que sejam geram interesses alheios de apropriação, aproveitamento ou destruição.
Sempre em minha vida tive a conduta certa de usar o diálogo para resolver qualquer pendência. Nunca gostei de ir à Polícia ou à Justiça se precisasse de alguma coisa. Primeiro porque não me agrada e segundo: se eu estou certo o que devo temer?! Só que as coisas não são assim. Se alguém está certo, outro está errado numa situação qualquer. E atos de patifaria acontecem aonde não há o poder mediador de uma força maior capaz de acalmar os ânimos ou fazer ressarcir a quem de direito o dano causado.
Então pensei: tenho um carrinho; uma motinha; uma terrinha; uma casa. Casa e terra alienadas a bancos. Somente carro e moto são meus. Enfim, no caso de casa e terra estou na condição daqueles que usufruem mas não podem vender. E há amolações.
O ponto aonde quero chegar é o seguinte: quanto mais coisas tiver mais terá que vigiar, mais ficará preocupado, mais terá que negociar. Enfim, escolha o preço que irá pagar. Se bem que tanto a atitude de tudo aceitar como sempre fiz ou o estardalhaço de nada tolerar não é bom.
Ultimamente vinha mexendo com webrádio. Pergunte para mim se e bom dormir à meia-noite e acordar às quatro horas da manhã? Não porque quisesse que fosse assim! Estava tudo programado para desligar sozinho e eu ir dormir às 22 horas e acordar às 07:30 para por a programação da rádio às 08:00 horas. Mas não. Não consigo ficar sem dormir no mínimo oito horas por noite. E eu me perguntei:__Marcone, há alguma coisa nesse mundo que vale noites mal-dormidas pelo resto da vida?! Resposta óbvia:__Não! Então uma webrádio nascida em 27 de fevereiro de 2012 teve seu fim em 27 de abril do corrente pelo motivo de que o sono é mais valioso que tudo. E tendo ainda outras coisas para cuidar, sem ainda questionar que uma Rádio se faz com uma equipe de 3 pessoas em diante trabalhando oito horas diárias, dou por encerrado mais essa amolação, com todo respeito, o tanto que gosto de música. Mas minha condição social não permite conciliar trabalho assalariado com webrádio.
Tudo bem, estou naquela assim feito o bote em alto-mar que está murchando. E ao perceber isso, resolve desfazer de tudo quanto não seja essencial. Sonhos existem, mas quando os interesses alheios são muitos ou mais contundentes há que se examinar se vale ou não a pena navegar. Sou daquele tipo de pessoa: se for fazer alguma coisa, seja pra valer. É por isso que incomodo tanta gente. Faço muito do pouco e isso assusta.

Outro ponto quando se fala em webrádio se trata do ECAD(Escritório Central de Arrecadação). Alguns sites escrevem que a cobrança deles se dá por receita bruta. Outros que eles preferem entrar em acordo do que em uma boa briga. Eu mesmo fiz um contato telefônico em janeiro de 2012 com eles. O atendente me disse que o valor mínimo era de 7 UDAS(unidade de direito autoral) mensais e que cada uma dessas correspondia a 50,00 R$. Desanimei. Mas mesmo assim resolvi colocar a webrádio. Hoje acabo de desistir pelo motivo de que algum dia eles resolvam me cobrar tudo de uma vez. Ou como se diz aqui no interior:”pegar um pra boi de piranha” ou “pra Jesus Cristo”.
Alguns comentam que há artistas que alegam nunca terem recebido sequer um centavo deles. Notícia recente em telejornal após apuração de autoridades discriminaram que suas receitas mais privilegiam as grandes corporações musicais ou gravadoras. E nós aqui que pagamos impostos e temos uma internet cara e fazemos rádio por amor, não somos remunerados, do contrário, temos e muitas despesas com equipamentos para promover a música, deveríamos, se não pagar, ao menos sermos cobrados pelo valor mínimo, ou seja uma UDA. Não mais.
Parece pouco?! Suponhamos que haja um milhão de webrádios vezes 50,00R$ são 50 milhões de reais! O problema é fiscalizar todo esse contingente. Então o ECAD simplesmente prefere cobrar 50 UDAS de 20.000 grandes corporações musicais que fiscalizar 1 milhão ou dez milhões que às vezes nem programação 24 horas por dia não tem. As rádios de fundo de quintal.
Nós que temos webrádios somos promotores da música. Se está escrito na Lei que devemos pagar que haja um critério justo e equânime de proporções e não se fazer à revelia um julgamento de que somos culpados pela pirataria geral.
Os radialistas são os indicadores do rumo das composições musicais. Não deveriam ser marginalizados ou ficarem com medo da flecha certeira que um dia o ECAD vai disparar. Deveria haver regras claras e justas e não a marginalização da música como é feita. Pois é isso o que acontece. Critérios obscuros ou tentativa de nivelar grandes com pequenos nunca vai dar certo.

Marcone Reis