sábado, 24 de março de 2012

Tráfego nas cidades

Um carro de passeio ou trabalho tem vagas para 5 pessoas, incluindo o motorista. Mais uma no lugar do porta-malas e outras duas na do motor.
Sugiro trocar esse modelo de veículo pelos individuais. __Mas existem motos?! __Não deixa de ser uma alternativa imediata. Prefiro os modelos fechados e verticais, ainda que eu mesmo goste de motos. Seriam mais lentos que as motos mas mais velozes que os carros que trafegam nos enormes engarrafamentos. Além disso poluiriam menos, impactando em menor quantidade ao meio ambiente. Infelizmente hoje impera a era da gastança e falta de racionalidade. Não há uma ligação direta entre custo-benefício-impacto-utilidade. Isso é mundo afora, não só no Brasil. Estamos a passos lentos de utilizar só o que gastamos e vice-versa. E do outro modo só o caos vai aumentar ou a custos bilionários unilateralmente se poderia amenizar mas não resolver o problema. Um caminho único para o dilema do transporte parece inconcebível dadas as diferenças de logística por necessidade. Esforços em todas as direções se torna a meta viável desde já.

Trabalhar para uma empresa em casa talvez um dia se torne realidade para quase todas as pessoas. A confluência nessa direção online está cada dia mais real. Também é certo que outros serviços irão aparecer. O ser humano é insaciável. Está sempre procurando algo diferente e que nunca fez mas gostaria. Então surge a idéia de que se as máquinas substituem as pessoas, por outro lado essas mesmas pessoas querem ser bem tratadas e desfrutar o melhor que a vida tem a oferecer. Restaurantes, passeios, viagens, Spas, salões de beleza e tudo o mais que as máquinas não podem oferecer é o campo de trabalho até quando puder.
A relação serviço-moeda sempre existirá. A troca por consumo ou necessidade se trata do básico. Mas quando este é conseguido surgem outras necessidades. Porque o que parece básico e essencial quando saciado, encontra a força propulsora na direção de outras habilidades.

Marcone Reis

quinta-feira, 15 de março de 2012

Direitos e deveres

Só temos direito a alguma coisa após praticarmos os deveres que lhe são afins. É que o primeiro é fruto ou resultado do segundo. Este por sua vez é o trabalho, estudo, pesquisa, dor ou alguma ocupação que faça produtos ou serviços para outros. Veja que é praticamente impossível existir direito sem praticar dever. E quanto mais tempo e intenso houver no desfrute de um direito mais trabalho ou dor será necessário para pagar a “conta”. Não que devamos nos abster de gozar as coisas da vida. Não é isso. Mas praticar de forma a não esgotar tão rapidamente as reservas de trabalho que nos trouxeram até aqui. Lidar de forma racional com as coisas. Fazer poupança e pequenos atos de bondade cumulativos podem nos render juros que serão uma consciência tranquila na velhice ou noites de sono bem dormidas durante a vida. Uma coisa é certa: ou escolhemos a vida que vamos levar ou do contrário já estaremos escolhidos.

Marcone Reis

quarta-feira, 7 de março de 2012

Problemas por soluções

Não há soluções sem problemas. E um problema insolúvel já tem a própria solução: encolher ao mínimo até se igualar a nada ou se tornar neutro.
Não podemos ser soluções para os outros sem uma experiência análoga a que os aflige. Porque os conselhos são aceitos por quem sabe da substância de que somos constituídos. Aliás, experiências que vivemos.
Às vezes se torna necessário buscar problemas para achar soluções. O tédio da vida que de nada apetece além de não acrescentar algo nos empurra o mais perto para o caminho da dor. Embora o aprendizado espontâneo fosse o mais adequado. Este, aliás, se não tiver aplicação real fica no campo da abstração e da angústia, gerando doenças.
A pergunta é: porque somos tão infelizes? É básico da consciência ou inconsciência saber que só podemos dar valor ao bom, conhecendo o ruim. À felicidade, sofrendo a desgraça. Ao frio, conhecendo o calor. E assim por diante.
Buscar a felicidade não é fugir dos problemas ou ter uma vida vazia e sem sentido. O preguiçoso que não gosta de resolver equações ou trabalhar poderia pensar assim. Mas cada erro; cada acerto; cada tentativa é conduta preciosa rumo à verdadeira felicidade. Se é jovem e infeliz, saiba que a bagagem da vida é que conduz à primazia da satisfação. Esta última produz a quietude. Um estado contemplativo de aceitação das coisas naturais do mundo como são.
Após uma vida de trabalho, estudo, experiências boas e ruins se chega a uma fase de estafa ou empanchamento. Isso pode ser melhor aproveitado se o indivíduo(a) souber sentir que a vida não foi em vão. Esse é o significado da felicidade. O preenchimento que as várias experiências acumuladas produzem.
Um indivíduo(a) feliz é cônscio de seus limites. Sabe que o seu direito é um dever perante à Sociedade. E o seu dever, um direito perante a si mesmo.

Marcone Reis