domingo, 27 de abril de 2014

Circo

Significa circunferência ou ciclo. Malabarismos, ilusionismos, palhaçadas, teatro, faz-de-conta e todas as outras formas estão sintetizadas muito bem pelo circo. A vida, aliás, é um circo! Quem não vê assim, não lhe degusta o melhor grau. Amparados no desejo formal e na seriedade das coisas, não damos conta que o desenrolar, por mais que se segure, por mais que se cabreste, tende a afrouxar. E este papel de sério está também no circo. Mas o que acontece se todos passassem a brincar?! Depende do quê?! Por exemplo: se sou igual uma criança que brigo com a outra mas dia seguinte peço as pazes e brinco de novo porque brincar e se divertir é muito melhor que ficar remoendo angústias, emoções negativas, orgulho?! Então estou no passo certo de uma vida mais regrada. Mas toda regra há exceção, certo?! E que quase ninguém aceita ser palhaço?! Fazer divertir os outros é tarefa para poucos. Embora na vida a maioria chacoteia uns aos outros. Isso de desdenhar, por para baixo é bem típico da humanidade em geral. A manota não deve ser vista como um ato de desaforo. Até porque se alguém o faz é porque quase sempre está numa situação privilegiada a quem escarnece. Lembremos disso, ao invés de tentar se vingar por outros meios. Já que na situação de cada qual só pode estar ele(a) mesmo(a). Marcone Reis

segunda-feira, 21 de abril de 2014

“Penso, logo existo!”

É uma constatação egocêntrica da realidade. Vivemos sempre para afirmar, ao contrário do que diz a frase: “não sou, estou!”. Conquanto nessa última seja a relatividade das coisas uma expressão e uma enganação. A cada dia a mais é um a menos. A vida não é uma reta mas um círculo aonde se anda na descida ou na subida conforme o grau de obras. Tanto a negação da realidade e sua contextualização enganosa quanto a afirmação do eu, são parte do dualismo telúrico. Nada posso fazer se não me afirmar ou historicizar uma ideia ou pensamento, atitudes ou valores. Enquanto nessa conduta está irrevogavelmente como premissa a negação do mundo. É, na verdade, uma luta interna sobre quem domina ou aceita o quê?! Se afirmo as coisas como são, tenho um declínio a aceitá-las e fazê-las sobrepor à minha ideia majoritária de auto-afirmação própria e negação do resto. Se as nego, tenho uma dotação grave no sentido egocêntrico da existência. Nessa medida, passo a pressupor e a coordenar as coisas sob minha ótica direcional. Conquanto meu ângulo de visão possa ser o mais alargado possível, me coloco como solução ou que todo problema o tenha, bastando apenas compreendimento, estudo, análise e uma boa dose de mergulho fundo nas coisas. Nesse caso, seria mais correto dizer que o ser compreende, ainda que de forma crítica e resistiva, as relações do mundo. Faz parte delas enquanto tenta as anular, sobrepor, entender, consubstanciar, apor apêndices e conotações diversas. Tanto negar quanto afirmar, tem para o ego um forte simbolismo. É uma questão meramente circunstancial e temporal. Podendo variar e muito conforme o ambiente e as características psicossociais do indivíduo. Marcone Reis

domingo, 13 de abril de 2014

O Fogo

Na ancestralidade remota, ele representava a vida. Quem o tinha, era capaz de se aquecer no frio, de se defender dos predadores e assar carnes para comer. Vocês podem muito bem ver isso no filme: “Guerra do Fogo”. Na África antiga, as moradas eram contadas como fogos. O nosso sol é uma grande bola de fogo. Enquanto ele existir, vai haver vida na Terra. Este planeta também é uma bola de fogo de menor poder. Sua superfície foi se esfriando ao longo do tempo. O fogo ou calor espalha os reagentes, obrigando-os a novas interações. Nesse sentido, podemos dizer, que sem fogo, não há transformações ou evoluções. Nossos fogos ou corpos-espírito necessitam de calor. Seja afetuoso. De realização. Ou pelo simples fato da chama da vida, que não se apaga e quer interagir, mesmo subconsciente. Mas todo fogo consome um combustível?! E tem uma durabilidade quase eterna, na cifra dos bilhões de anos?! Seria a alma eterna?! Enquanto houver o motivo centralizador em si mesma?! Vejamos o fim último das estrelas, que se tornam campos gravitacionais enormes?! Ou sua explosão?! Estaria a alma humana sujeita a tal catástrofe lá na idade longínqua?! Talvez não. É decerto que não. Precisando apenas reencarnar para interagir e adquirir outros motivos ou causas de evolução, estaria sempre viva! Mas o sol vai explodir daqui a 05 bilhões de anos?! Não restará nada ao seu redor por um bom tempo?! Acostumados a morrer e a viver menos que 100 anos, isso nem assusta as almas muito?! Mas aonde estaríamos longe da gigantesca hecatombe que aqui ocorrerá?! Isso é um mistério a propor várias conjecturações. Como se nós fôssemos da época dos dinossauros, com aquele senso comum aos animais, que é o de sobrevivência. Hoje mandamos na Terra! Quiçá num futuro remoto, no Universo!? Marcone Reis