sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Super-ego

Havia uma época no período feudal e bárbaro em que a honra era vencer e vencer. Inclusive sexualmente. Neste ínterim, era não ser traído. Hoje em dia, as coisas mudaram. Se os indígenas podem trocar uma noite da própria mulher por uma abóbora, jaz na consciência coletiva e mundial de que o isolamento de povos vencidos ou ganhadores trará piores resultados. Já que tudo depende do somatório da força de todos. Na Natureza os machos brigam para copular com o maior número de fêmeas. Os perdedores não podem passar seus genes adiante. Acontece com alguns espécies animais. No ser humano a traição sexual cai como uma derrota. A derrota da própria genitália. Do prazer de ser o único a agradar a própria fêmea. A queda do orgulho de uma imagem perfeccionista que não pode ser manchada. A valorização do super-ego é coisa da figura que não aceita chifre. Porém, será que somos donos das genitálias uns dos outros?! Acontece que quando se gosta demais; se ama demais; se vira um trapo demais por alguém; a traição vem como a força de um tornado, arrasando tudo. É o super-ego a dizer:__cadê toda a confiança, auto-estima, enfim, o poder sobre-humano que eu tinha na relação?! Desenraizados do relacionamento, a primeira coisa a pensar é acabar com tudo. Anos de conquista de bens. Histórias vividas. Como se isso apagasse a traição. Não apaga mas reforça o super-ego na condição de competir em mais uma batalha, custe o que custar. Marcone Reis

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

No amor você escolhe a pessoa certa ou errada?!

O mais certo é dizer que somos escolhidos. Somos escolhidos pelo critério que abre mão de tudo para viver uma intimidade com outrem. Será que essa intimidade vale tanto assim?! Será que ela tem preço?! Nossos amores não são senão nossos brinquedos mais queridos. Senão nos despojarmos do homem e da mulher durona para vivermos um pouco do universo lúdico e fantasioso, que esperança restará? Nossos amores são aquelas canções de ninar enquanto balançávamos no berço, feito um livro em branco, com páginas numeradas para ser escrito. As impressões de ninar do amor são as mais caras que se leva desta vida. São as cantigas mais doces quando o mundo tentava nos aterrorizar com suas maluquices. Já repararam que os pombos e até as araras namoram?! Assim são os humanos, que quando amam, riem uns dos outros, acham graça em tudo e ficam encantados com o parceiro. Esses gracejos, que parecem bobos, são as afeições mais caras. Quão difícil é arrancá-los de pessoas duras e muito racionais. Eles definem as pessoas assim:__estou de bem comigo, com a vida e com o mundo! Marcone Reis

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Medo da morte?!

Tenho. Aliás, medo da separação de tudo que eu gosto. Quem não tem?! Mas a meu entender, céu e inferno existem, mas não estão separados. Dentro de cada ser humano, segundo as próprias obras. Pra onde vamos levamos nossa bagagem. E esse ir não passa além da órbita da Terra. Ou deveríamos achar que abandonaríamos tudo aquilo que amamos ou gostamos aqui?! Claro que não! A morte é um susto que logo se dissipa, após vermos o mundo como ele é. Sem a invenção de paraíso para os santos e inferno para os maus. Retornaremos a esta carne humana quantas vezes forem necessárias até que se complete a jornada pessoal de cada um. Sem passarmos pelos diversos graus da evolução, ou sem estarmos aptos a assumir e sanar responsabilidades ou utilidades, tanto aqui como no céu visível e invisível, o ir e vir para ali ou para cá é uma rotina que vem desde os tempos do surgimento da vida. Quem morre na Terra nasce para a vida no além. Quem vai nascer na Terra deve morrer ou esquecer tudo o que deixara lá e conquistar outras coisas ou valores. Acréscimos e experiências duradouras aqui. Tanto aqui como ali, a evolução, estudo, trabalho, não param. Podem estagnar ou diminuir para um o ou outro lado segundo as experiências lá ou cá. Na dúvida?! Qualquer caminho te leva para ali e te traz para cá. Aproveite a viagem! Marcone Reis