domingo, 30 de setembro de 2012

Crescimento vertical

Já imaginou o quanto custa um quilômetro de asfalto urbano? Um quilômetro de linha de distribuição de energia? Esgoto? Água?! E o porque desta pergunta?! Aqui em cidade grande, aonde escrevi este texto, estive reparando nos congestionamentos e numa solução plausível e sanável desse e de outros problemas diversos. Se a sociedade, os engenheiros e principalmente o governo financiasse, poderíamos ter uma situação diferente ou de não afunilamento cada vez maior, até o caos total. Seria a construção de prédios em áreas apropriadas. A impactação desse tipo de estrutura organizada demandaria conforto, diminuição do consumo, menos poluição, menos dinheiro para manutenção, menos distâncias, menos carros. O fato ruim é a estagnação de diversas estruturas de manutenção e indústrias de base que precisam vender produtos e serviços em Megalópoles. Pelo menos se não podemos reverter o tamanho e extensão das cidades, deveríamos pensar que ter um quintal sem estruturas de justaposição é um desperdício enorme em todas as direções. Distâncias físicas implicam sempre em organismos complexos de transporte que são muito caros para o Governo manter ou fazer. Crescer de forma paralela e não vertical é como colocar um tijolo ao lado do outro. Pode ter um custo menor a princípio, mas a longo prazo causa a insustentabilidade das cidades. O problema maior é todo mundo fazendo as mesmas coisas ao mesmo tempo. Indo para o trabalho, pagar contas, fazer compras. Assim como os rios têm fluxos e enchentes, tal acontece com as Megalópoles. Para entender este tipo de pensamento deveríamos estudar os formigueiros e as abelhas que vivem em colônias organizadas. Maiores extensões implicam sempre numa questão física muito importante e numa equação matemática: toda forma de transporte é energia e precisa diretamente de maior espessura quanto maior o comprimento. Marcone Reis

domingo, 9 de setembro de 2012

Excesso de leis

Aonde o Estado se torna ausente através da educação e conscientização se faz necessário usar a coação como forma de conter as ondas de desordens e excessos. E será que resolve?! Quanto mais leis mais ficamos a perguntar o quanto viramos reféns alienados desse Sistema ultrapassado de lide. Esforço inócuo de empregar ideias de inibição, quando deveríam ser a de desenvolver indivíduos e torná-los aptos a conhecerem seus limites, dos outros e respeitá-los.
Deveríamos estar numa civilização mas esta nunca será de forma plena enquanto se nega ou omite uma educação de alta qualidade.
Enquanto se investe cada real em repressão quanto se obtém de retorno?! Enquanto cada real investido em educação significa um futuro do País?! Menos mortes no trânsito, menos drogados, menos hipertensos, menos alcoólatras, menos depredadores do patrimônio, menos saqueadores. Mais respeitadores de leis. Menos leis e mais prática. Isto deveria nos interessar.
Muitos brasileiros quereriam que realmente houvesse a proclamação da República e que esta estivesse assentada na construção de um País auto-sustentável e não apenas aquele País que descansa para sempre em “berço esplêndido”, longe de ser civilizado a era moderna. Mais parecemos os caciques do descobrimento com o verniz anti-social do homem branco. Aonde foi parar o nosso senso crítico, se algum dia o tivemos?! Ou fomos levados pela força do continente a gritar em mais alta voz: __não se civilizem, sois índios?!
Quem somos? Ainda não descobrimos?! Ou está estampado no Lema da Pátria garrida?!

Marcone Reis

sábado, 1 de setembro de 2012

Aquíferos

Pessoas da roça comentam:”__nunca vi rios secarem tão rápido ou estarem com tão pouca água?!”” __Há trinta anos atrás a gente nadava neles e pescava muito.” Sou testemunha disso também. Venho observando um fenômeno dos últimos 20 anos para cá. Chuvas grossas e em períodos curtos. Quando isso acontece, a água penetra pouco no solo e nas rochas mais fundas que são o grande depósito de revertedouros de nascentes e consequente manutenção dos rios. E na marcha de chuvas atual a situação só tende a piorar. Tem gente por aí que diz que é culpa das plantações de eucalipto que está causando isso. Mas a bem da verdade aquele tipo de vegetação nativa do deserto australiano não representa nem um por cento de toda nossas matas. É muito pouco provável. Outros dizem que é a evaporação acelerada pelo sol forte. Crendices a parte, a verdade é que nosso ritmo de chuvas se alterou bruscamente. Há 30 anos ao chegar setembro já começava aqui em Minas Gerais uma chuva fina que perdurava dias seguidos e até meses. Essa chuva lenta, lerda e mansa penetrava nas camadas mais profundas das rochas que as retinha e depois ia liberando aos poucos durante o resto do ano. Agora as chuvas são muito bruscas. Se chove, o faz muito grossa, localizada e de forma totalmente sem lógica.
Outra causa imediata é a exploração de granitos. Essas rochas superficiais são uma espécie de termômetro para o interior terrestre. Atuando no controle do fluxo e pressão da água interna.
Aquíferos são grandes depósitos de água subterrânea: como o Aquífero Guarani que vai de Minas Gerais ao Paraguai, Uruguai e Argentina. Ou o Aquífero Alter do Chão situado no norte do Brasil.

Marcone Reis