domingo, 27 de outubro de 2013

“Cada um dentro do seu quadrado”

Nesse caso é mais certo dizer: que cada um dentro de seu quadrado-retângulo, porquanto cada casa tem em sua maior parte esse último formato. Certa vez um professor de Geografia disse: “__o seu direito termina aonde começa o direito do outro.” Isso se refere bem a pessoas que não conhecem nem direitos nem deveres e querem usar a força para fazer valer seus interesses, ideias e perspectivas. Hoje em dia, na prática da Democracia e no Estado pleno de Direito, subdividido em Legislativo, Judiciário e Executivo, acabou-se a predominância da lei dos mais fortes sobre os mais fracos. As constituições não só ditam, como desfazem conflitos, uma vez que sobre qualquer pleito os indivíduos obtiveram em grande parte sua participação. Assim, ameaças ou “guerras”; ou mesmo o uso da força para fazer impor interesses pessoais em prejuízo de outro(a) ou da coletividade têm o Estado como conciliador entre as partes. Uma vez que os Magistrados, representados em fase direta de flagrante por parte da polícia ou acionados por meio advocatício, não se fazem eximir de aplicar a Lei. E, por isso, em nada devemos temer, mas se precaver de indivíduos ainda presos a épocas passadas em que quem gritava mais forte era o dono da razão. Imagina se cada qual for aplicar suas próprias ideias, pensamentos e interesses?! Seria o reino da baderna, da anarquia e do fascismo. Enfim, uma guerra civil. Pra por um fim na bagunça, surge a Carta Constitucional. O que nela estiver escrito ou puder ser englobado pela Suprema Corte, tem caráter de Lei e deve ser respeitado e aplicado. Marcone Reis

domingo, 20 de outubro de 2013

Viver para si

A finitude da vida pressupõe muitos desgostos e tristezas. Principalmente quando se compara com a vida alheia. Farta e larga?! Mas os limites a cada ser humano impostos vêm tangidos para nossa própria alegria. “As necessidades humanas são ilimitadas”, disse certa vez uma professora de escola. Quer dizer: quem tem muito quer sempre mais. E sempre vai faltar algo que complete, porque nunca estamos satisfeitos. Acontece que quando a vida é muito restrita de bens materiais, as pessoas ficam desgostosas e depressivas. Pensam inconscientemente que o fruto que a outro é dado deveria ser a todos estendido. Mas seguindo as mesmas palavras da professora: “mas os recursos são escassos.” Ou não têm pra todo mundo ao mesmo tempo, o que é certo dizer, substancialmente porque reutilizamos e reaproveitamos pouco. Ou porque a lide com a matéria deve ganhar uma conotação diferente. Muito lixo. Descarte pode ser reaproveitado. De tal forma que fiquemos orgulhosos e não humilhados em utilizar recicláveis. Trabalhos de arquitetura engenhosos como casas em baías feitos de garrafa pet. Aquecedores solares para chuveiro feitos de tubo de PVC. Lâmpadas de garrafas pet com água para ambientes escuros. E até asfalto de pneus têm sido empregados. Na casa mesmo de cada um pode ser feita uma pequena horta elevada. Seja sobre laje ou pequeno espaço. Basta usar canos de PVC 100mm ou garrafas pet mais arame galvanizado, tendo como suporte o eucalipto tratado em autoclave, de longa duração. Gente, a matéria é a terra. Essa mistura de argila, mais areia e sedimentos. Dela fomos feitos. Pra ela voltaremos quantas vezes forem necessárias. Cabe a cada um descobrir se o seu torrão de terra é igual ao de todo mundo. Todos aqui cavam a própria cova. E podem decidir se ficam nela ou se voam a procura de novos objetivos. Além disso, não esqueceis das palavras de Jesus: “dai muito a quem tem pouco e o transformará em nada!” “Dai pouco a quem tem muito e o fará muito mais!” O que é esse pouco em sentidos diferentes?! Às vezes não temos o preparo, seja de estudo, moral, talento, saúde, raciocínio, para assumir responsabilidades muito grandes. Recebemos as coisas conforme o peso que possamos carregar. Muitas pessoas não pensam assim e acham que estão sendo punidas injustamente. Devíamos pensar como os animais de certa maneira. Só desejar o que alimenta, abriga, conforta e protege. Evitaríamos muitos sofrimentos. Um verdadeiro inferno astral paira sobre os desejosos e ansiosos por sempre e sempre mais. Não vivem para si, mas para as coisas. Marcone Reis

domingo, 13 de outubro de 2013

Curtas

-A vida é uma mentira. “__Não!” Vou provar. Você está vivo?! Não! Você está morrendo a cada dia; a cada minuto. Somos vivos-mortos. -Você sabe de tudo?! Então chegaste ao nada da existência. É?! Exatamente na confluência onde o absoluto e o relativo se encontram. -Você é bom?! Espera aí?! Deixa eu experimentar!? Se você retruca uma ofensa, é mau ou vingativo. Se nada faz, é um paspalho. Se é indiferente, é mais malvado ainda. -Seu nome é igual ao de todo mundo: “eu”. -Você diz que é livre mas só pode fazê-lo plenamente seguindo padrões e regras senão é punido. -Diz que é pobre. Mas não valoriza a água, o ar, a gravidade, a atmosfera, o sol?! Que são as maiores fortunas do mundo?! -A paz é o maior bem do mundo. Mas só pode ser mantida com o uso da força ou sua suposta existência destrutiva. -A vida é um medo e o desejo que tudo se acabe. O medo vem do pecador. O desejo, dos doutores da lei. -Sexo é somente alegria?! Não! Todo prazer é ambíguo. Traz em si a seiva da madeira cortada. -Quase todo mundo é são?! Mentira! Só tendo um pouco de loucura para não ficar alienado neste mundo. -Quase tudo é bom. Quase tudo é mau. Depende da dose que se ingere. -O que você vai fazer amanhã é continuação do que fez ontem e está fazendo agora e não outro dia. Ou será melhor pensar em dias pulados?! -A derrota é uma vitória e a vitória é uma derrota. __Sob que aspecto?! No âmbito da perfeição ou da imperfeição. Tanto uma como a outra podem errar por extremismo. -Você vai aqui, vai ali, vai acolá?! E depois descobre que andava em círculos. Não era para frente que andavas?! Tudo para quê ou porquê?! Para evoluir! Marcone Reis

domingo, 6 de outubro de 2013

Misericórdia

Quando alguém ou país é invejado, o invejoso, não podendo fazer coisas iguais aos que lhe ofuscam o brilho, ataca e tenta destruir. Mas sua única razão é criar um vínculo de responsabilidade. Como o invejado não queria parceria ou colaboração, foi pego pela iniquidade alheia. Quantas vezes é assim entre nós humanos?! Quem nos faz mal, intrinsecamente e subjetivamente quer fazer ligação. Se estamos no topo e ele(a) no primeiro degrau, há a voz inconsciente:__quero subir e estar com você! Só que na maioria das vezes não queremos descer. Somos então forçados a ajudar esses irmãos menores em sua escala evolutiva. Mesmo que isso custe descer e estagnar em algum degrau. Em nome da misericórdia podemos fazê-lo. Ainda que queiramos a aplicação da lei do dualismo expressa nos extremos:__você me mantém e vice-versa! Mas há indivíduos em diversas gradações evolutivas. Convidando-nos ao trabalho em prol de uma humanidade melhor. Mais justa, menos diferencial. Marcone Reis