sábado, 28 de julho de 2012

Solidariedade praticando o inverso

Dia desses falei com minha esposa: __vem chegando os reinados da cidade. Não vou em nenhum deles! Sabe porquê?__É época de seca. As plantas e animais passam fome. Vou me solidarizar com a Natureza. Se quiser, você pode ir às festas.

Na época pré-histórica a fartura era celebrada em tempo oportuno. Quando havia motivo. Hoje é na base do egoísmo. E na artificialidade. Sem respeitar o princípio natural de tempos bons e tempos ruins. É festa, bebedeiras, prostituição, corrupção, bandidagem e toda forma de má-sorte e má-saúde. O que eu acho disso?! Pela lei da solidariedade deveria me ajuntar a eles. Pela Lei do TAO e do equilíbrio, vou fazer exatamente como nos monastérios budistas. Dar a eles mais força e a mim também. Seguindo rumos opostos faremos contrabalançar as forças e o que poderia ser a causa da destituição de suas festas vai ser o reforço ainda maior. Eles me ajudam e eu também os ajudo, mesmo pensando que caminhos contrários são contrasenso. Desejo-lhes felicidade e a mim, a bonança de cultivar um ser cada vez melhor.

Meu modo de criação foi diferente. Procuro sintonizar-me com Forças Universais. E não condeno ninguém, apenas escolho para mim o que não me agride à consciência e o coração. No mais, cada um que sentencie-se como quiser. Segundo as energias apadrinhadoras análogas a cada qual.

Marcone Reis

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Relação com a existência

A liberdade não existe. Este termo na sua acepção máxima revela total falta de noção da evolução humana.
Nunca poderemos ser felizes sem ligações fortes com outras existências: sejam humanas, sejam objetivas.
A liberdade, por acaso, pressupõe um vínculo de servidão. E se esse não houver, ela não poderá existir. Liberdade é sinônimo de tarefa cumprida. Conquanto os ciclos de trabalho e descanso possam ser longos ou curtos.
A liberdade tem um sinônimo sim, chama-se responsabilidade. Enquanto isso não for adquirido, seres que se consideram “livres” acabarão ora por outra presos, seja pelos destemperos e doenças advindas; seja pela irresponsabilidade praticada a outras pessoas.
O senso de liberdade não vem senão da escravidão. E só pode ser sadio e pleno tendo experimentado a falta de tempo, a sede, a fome, a dor.
A Terra possui gravidade, atmosfera, biosfera, água e alimento e, com isso, o senso de liberdade é detraído pela noção de falta de limites. No espaço sideral os astronautas experimentam exatamente o significado que tem a Terra: coisas caríssimas e que temos de graça, mas não damos valor.
A liberdade não é senão a sensação do dever cumprido. Tendo realizado uma missão, o ser se julga livre. Mas repare: para outras coisas. Nunca para o nada.

Marcone Reis

terça-feira, 3 de julho de 2012

Equilíbrio mundial?!

A Constituição brasileira proíbe a bigamia, tal qual o Cristianismo. E o Islamismo não se instalaria de modo pleno no Brasil. O lema: “Guerra Santa” não combina com a passividade latino-americana. Além disso, o brasileiro gosta de uma tentação e de viver o lado sagrado e pecador. Não lhe vai bem seguir um só caminho.
Este país é feito de múltiplas coisas.
Casar, ainda em qualquer parte, é um ato sagrado. É como se conseguíssemos o direito de posse sobre o outro ou a construção do amor. E déssemos a outro(a) também nossa vida.
Viver uma vida de desconfiança não concilia com constituição de patrimônio e de família. É por isso que sob um só teto fica muito difícil conviver. A vida caminha para a autonomia das pessoas. Cada qual com sua casa e seus problemas. Talvez seja uma forma de deter o crescimento vertiginoso da população, que está ameaçando o equilíbrio global. Não me preocupo muito com isso. Analisando as armas da Natureza e dos seres humanos, vejo que qualquer desequilíbrio pode ser contido por flagelos naturais ou guerras mundiais.
Além disso, as religiões se mantém ou se renovam não por serem puras mas por combaterem exatamente aquilo que julgam ser o inimigo delas. Estão no erro de não aceitar a dualidade das coisas. De falar que o mundo é mau. Isso é engano. A vida etérea nada mais é que um refinamento da existência grossa. E note-se que nas substâncias não refinadas é que estão as melhores coisas. Elas ainda não foram separadas umas das outras. Estão num estado de convivência e existência harmônica. Quando separadas ou refinadas é que se tornam tóxicas e pobres.

Marcone Reis

domingo, 1 de julho de 2012

Netiqueta

Uma crítica ou palavra ríspida infundada em rede social vai atingir mil. Mas a quem deveria fazer sofrer será apenas aquelas pedrinhas de fundo de córrego que atiram quando se está na paz. Nenhuma indireta desventurosa vai mover a quem quer que seja a morder essa ou aquela isca. Rede social não é prolongamento de vaso sanitário nem de coisas muito íntimas. Acontece que quando uma estrela brilha a outra se sente ofuscada e isso pode ser um sério incômodo. “__Esquisito?” E muito! Luz não deveria competir! Mas acontece que se houver pouca treva, aonde as estrelas menores vão brilhar? Assim, como as pessoas vazias que olham a vida dos outros, são essas pequenas estrelas incomodadas com o brilho das maiores. O verdadeiro brilho de alguém é algo que só os corações achegados podem notar. Contatos ficam com suas impressões. Amigos com quem você é. Inimigos ou competidores querendo minar seu próximo passo.
Não tente fazer cacos dos outros! Pois estes podem e muito cortar. Viva de modo a deixar uma boa impressão numa rede social!
Ser indiferente a uma ofensa pode ser hipocrisia. Já palavras de sabedoria e construção em modo a vivenciar o próprio conteúdo desfocando as mágoas faz sair do alvo e esmaece qualquer rixa que poderia haver. Devemos sempre lembrar o conselho bíblico:”__Se assoprares em uma fagulha ela incendeará uma floresta. Mas se lhe cuspires em cima ela se apagará! E ambas as coisas procedem da boca!”

Marcone Reis