domingo, 24 de novembro de 2013

Fazer a coisa certa

O poder de administrar é sempre um processo sedutivo. E não há mal nisso, visto que na Natureza os que inspiram confiança e têm sobrepujança exercem domínio. O fascínio é outra faceta da sedução administrativa. Uma pessoa muito respeitada e que se faz querida e presente, tem muito mais chances de conduzir uma equipe ao sucesso. Tudo na vida é administração. O cientista a pratica em pequenas doses para depois atingir as massas. Está mais para uma ciência exata do que social ou econômica, já que se por princípio lhe intervém interpretações variadas, fugindo do vínculo estático da constituição das matérias__é que nessas últimas se observa a ordem e por fim o princípio administrativo. Subjetivamente parece uma ciência exata enquanto na prática exerce cunho econômico e social. Administrar é aplicar nem muito nem pouco mas a dose certa do princípio:__faça a coisa certa! Conquanto nessa última esteja embutida um grau de confiança inspirada pelo gestor. Não apenas capaz de mandar fazer, mas de influenciar, seduzir, assumindo toda a carga de responsabilidade e distribuí-la aos seus comandados. A administração só não é uma ciência exata porquanto comandante e comandados não sabem das nuanças e percepções certas de suas atribuições. Mas não acontece disputa pelo poder e comando?! Nisso é que se vê um verdadeiro líder, embora não possa estar sempre no poder. A ciência administrativa sempre lança desafios a cada dia. Acompanhá-los dentro e fora da rotina do trabalho é estar sempre vigilante. Com o intuito de não só garantir o posto próprio e os postos de trabalho dos subordinados, mas prestar serviços ou vender produtos bons ou excelentes. A ideia custo-bom/benefício médio ou alto, mais satisfação do cliente, atrelado a metas lucrativas devem ser as diretrizes sempre a seguir. Marcone Reis

domingo, 17 de novembro de 2013

Cópias ou reproduções

Fui batizado na Igreja Católica. Rezava em casa praticando os ensinos de Jesus: “quando fordes orar, tranca a porta do quarto e reza ao Pai que vê no oculto. E o Pai que vê no oculto lhe dará a recompensa!” Em 1997 comecei a frequentar um Centro de Candomblé. Adquiri algumas experiências boas e outras muito ruins. Hoje sou contrário à oferta de sangue ou sangramento de animais como oferenda aos deuses. O sofrimento de um ser para “salvar” outro ser sempre me pareceu indigesto. Além de parecer uma ideia manca. Mas o Candomblé tem méritos. Em 2000 comecei a frequentar um Centro de Umbanda. Devido à incompatibilidade entre meu Orixá de cabeça: Ogum e o do Centro que é Xangô tive uma série de experiências ruins também. Isso é só a síntese de uma série de acontecimentos que me fez sair do anonimato espiritual direto para o estrelato. E o preço de ser médium é caro. As obrigações, que hoje faço, sem sangrar nenhum animal, sugerem vigilância extremas. Há coisas que dão certo. Outras, erradas, que causam muita dor e doenças. Sigo meu coração. Nesse ínterim, queria destacar a imagem de São Jorge com o dragão. Pra mim representa o sincretismo perfeito do ying/yang, ou as forças equilibrantes. Muitas religiões tentam expurgar o demônio ou botar-lhe a culpa pelos erros humanos. Mas numa analogia simbólica, eletricidade não funciona apenas com o fio fase. Se não houver o terra, simplesmente não há energia. E esta numa outra simetria é a existência de tudo em física. “Tudo é energia.” Mas só funciona bem sob o aspecto dual. Há religiões que condenam o barro. Mas se tudo vira barro, dele fomos feitos e ele que nos mantém, não há que condenar uma imagem. Visto que ela representa exatamente a materialização de uma idéia-pensamento. E ainda que queiramos expurgar o dualismo, o que seria inútil pensar, mais fácil é aceitar as faces, nuanças e interfaces da vida e das coisas. Se algo funciona só pode ser pelo que manda e recebe. Sem respostas, somos como antenas a jogar no céu pensamentos somente de ida. Mas se eles não voltarem, em vão será nossa fé, crença. Em toda produção há perdas. Acontece que o ser humano descobriu a cópia. E se uma ideia, experiência bem-sucedida puder ser copiada infinitamente, muitas dores, esforços, dinheiro, vidas, serão poupadas. É por isso que há tantas cópias e não originalidade. Mas uma vez que alguém tenha atingido o absoluto, inquestionável é que se faça uma ou milhões de backups. Isto se torna necessário exatamente pelo exposto acima: poupar recursos e vidas. Seguir um atalho que alguém encontrou, ao invés de complicar. Toda energia percorre sempre o caminho mais curto entre dois pontos. Marcone Reis